No I Fórum de Moda e Cultura na Cidade do Rio de Janeiro, que ocorreu na última sexta-feira, dia 3 de setembro, na Câmara Municipal do Rio, discutiu-se o valor da moda para a cultura e a indústria, visando com que o setor, um dos que mais emprega no Brasil e gera o quarto maior PIB do país, no futuro possa ser definitivamente reconhecido e valorizado, recebendo incentivos do governo para seu crescimento e aperfeiçoamento tecnológico e profissionalizante.
Na primeira mesa do fórum, onde foi discutida a Identidade Cultural e a Moda na Atualidade, estavam presentes Celina de Farias, vice-presidente do Instituto Zuzu Angel e coordenadora do curso de Design de Moda IZA/Estácio; Lucia Rebello, professora do curso de Design de Moda IZA/Estácio e membro do conselho do IZA, representando Hildegard Angel, que infelizmente não pôde comparecer, por motivos pessoais; Fátima Negrann, realizadora do evento; Gabriela Leite, coordenadora da Daspu; e Paulo Messina, vereador que presidiu a mesa.
Dentro do tema Identidade Cultural e a Moda na Atualidade foram discutidos o Selo de Qualidade da Moda Brasileira, o Fundo da Moda e as Instituições de Ensino.
Celina de Farias e Lucia Rebello
Nossa vice-presidente, Celina de Farias, ressaltou que eventos como esse provam para a sociedade a importância da moda. Em seu discurso, Celina apoiou a existência de um produto nacional que tenha um selo de qualidade. Isto é, com a globalização e consequente massificação de tendências, o consumidor tem diversas opções de escolha na hora da compra e obviamente ele irá escolher aquilo que atenda às suas necessidades, sejam relacionadas a valores financeiros, sejam relacionadas a questões de gosto, design e qualidade. Mas com o tempo, o consumidor tem se tornado cada vez mais consciente e exigente, comprometido com o mundo em que vive. Devido a isso, surge a necessidade de um selo de qualidade da moda nacional.
“O selo de qualidade é a forma dada, sobre representação gráfica da certificação conferida, àqueles que inscreverem os seus projetos a avaliação de qualidade a ser conferida por especialistas no campo especifico ao qual se destina – no caso, ao produto de moda”
No entanto, o Brasil ainda está distante de um selo de qualidade que tenha uma identidade própria, nacional, com foco em moda. E para alcançarmos esse objetivo, é necessário capacitar nossos profissionais, ressaltando que nesta formação haja o comprometimento com a qualidade e a valorização da cultura brasileira. Além de capacitar profissionais na área, deve-se investir em tecnologia no setor. A tradição também deve unir-se à tecnologia para que possam crescer juntas. Mas este crescimento deve estar aliado à sustentabilidade e ao consumo consciente.
Gabriela Leite, da Daspu, ressaltou que na cidade do Rio de Janeiro quase não existem instituições que apóiem cooperativas de moda. A coordenadora da Daspu disse que penou muito para encontrar apoio para sua cooperativa e é a favor de que haja mais parcerias com universidades para que estas dêem apoio técnico e de ensino a artesãos e costureiros, assim como o Instituto Zuzu Angel o fez.
Lucia Rebello, professora do curso de Design de Moda do Instituto Zuzu Angel/Estácio, disse que só quando conseguirmos unir a diversidade da moda brasileira, sem preconceitos, é que chegaremos a algum lugar. Ressaltou que o campo de ensino e pesquisa no Rio de Janeiro não dispõe de verbas o suficiente, pois o ensino de moda é algo muito recente. É necessário que haja apoio para que cursos e faculdades possam crescer e evoluir.
Lucia ainda leu o texto que Hildegard Angel, presidente do Instituto Zuzu Angel, escreveu para o evento. O texto lembra que a identidade da moda brasileira já estava presente desde a década de 70 nas criações de sua mãe, Zuzu Angel. Hildegard disse que deve haver investimentos em novos talentos da moda nacional e que é a favor da existência de um fundo nacional da moda que possa subsidiar as necessidades desta. A moda brasileira e a moda carioca devem ser apoiadas, valorizando todo o hibridismo cultural que as compõe. Deve haver uma continua busca pela identidade da moda brasileira, por sua profissionalização e crescimento.
Fátima Negrann, organizadora do Fórum, disse que este evento é a grande oportunidade de dar um salto na indústria da moda e no seu fortalecimento como setor cultural.
Afonso Luz
O vereador Paulo Messina ressaltou que o Rio de Janeiro não é uma cidade industrial, como muitos vem tentando transformá-la de tempos para cá. O Rio de Janeiro é uma cidade CULTURAL. E nada melhor do que investir na cultura e transformar nossa cidade por meio dela.
Luíz Fortunato, dono da marca Maison Fortunato e organizador do evento, disse: “Assim como a cultura está na moda. Chegou a hora da moda ser reconhecida como cultura.”
Nós, do Instituto Zuzu Angel fazemos destas as nossas palavras e esperamos que eventos como esse possam contribuir a longo prazo para o crescimento do setor de moda e o reconhecimento deste na socieda brasileira.
A sra.Celina de Farias faz com H.Angel a versão feminina do Gordo&Magro tupiniquim...Dona Celina porta-voz(pau mandado de H.A.) ñ sabe nada de Moda...Quando jornalista do setor (muitos anos atrás) só escrevia *non sense* sem coerencias e possuia um texto péssimo.
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