quinta-feira, 30 de agosto de 2012

A moda do Re-Usar

Vale a pena dar uma lida no texto abaixo, escrito por Samantha Pinotti, uma jovem de 23 anos que ama filosofia e, sobretudo, discutir assuntos ligados à sustentabilidade ambiental. Como cuidadora e amante da natureza que sempre foi, Samantha decidiu se aprofundar neste tema e lutar por estas causas. No passado, trabalhou como modelo e, inserida neste contexto, pôde constatar a realidade do mundo da moda, que é bem diferente do glamour com que este meio se apresenta. Durante o ano de 2011, teve uma catarse e decidiu mudar tudo! Atualmente, possui dois blogs, um sobre sustentabilidade e afins, onde conta com as colaborações de Leonardo Boff e Washington Novaes, e outro sobre moda sustentável....


A moda do Re-Usar, por Samantha Pinotti

Diz o ditado que nada se cria, tudo se copia. Na moda tudo se re-cria.

E se ao invés de copiarmos ou re-criarmos, usássemos a política do re-usar?

Se a moda é cíclica, por que relançar uma nova coleção a cada três meses para re-ciclar uma ideia antiga?

Segundo Gilles Lipovetsky:
“Estamos destinados à instabilidade crônica dos valores, aos vai-e-vens das ações e reações, ao “eterno” retorno da moda que não cessa de reciclar na modernidade as formas e valores antigos...Certamente é possível re-situar este momento em um destes ciclos periódicos da história moderna.”

Mas que momento é esse? O que seria reciclar na modernidade as formas e valores antigos?

Para os estilistas e a indústria têxtil reciclar tem outro sentido que não o verdadeiro da palavra. Para eles “reciclar” é fazer uma releitura, é inovar o velho. É a ação sem pensar nas consequências futuras da reação.

A moda do século XX foi marcada de acordo com os acontecimentos e necessidades de cada década. Podemos tomar como exemplo o New Look de Cristian Dior (1947) que associado à empresa têxtil Boussac, lançou uma linha de vestidos revolucionária, mandando uma mensagem às mulheres: “comprem mais panos”. A mulher do pós-guerra mudou e, com ela, suas roupas. As saias rodadas da década de 50, a mini-saia de Mary Quant nos anos 60 mostrando a liberdade feminina, o estilo hippie e o blue jeans dos anos 70, são alguns dos exemplos do encontro da moda com as necessidades de cada época.

E hoje, qual é a nossa necessidade? Quais os acontecimentos que podem liderar uma revolução na moda atual?

Vivemos numa época de “fastfashion” onde compramos para satisfazer nossos desejos ou fugir das frustrações pessoais. As mulheres trocam seu guarda-roupas a cada seis meses, sem pensar nas consequências deste “consumir por consumir”, simplesmente para acompanhar a moda que, como já vimos, nada mais é do que uma re-criação do que já foi voga um dia.

As ideias são quase as mesmas, todas tem um ar retrô, vintage, um pé no passado. Apesar de a tecnologia ter invadido o mundo da moda, os saudosistas andam com mais sorte, pois a releitura sempre vinga e vende mais.

Mas novamente eu me pergunto, qual é a nossa necessidade?

Buscar no consumo a resolução para todos os sofrimentos já se mostrou um conceito fracassado. Quanto mais temos, mais queremos. E é exatamente isso que o mercado da moda espera de nós. Mas já aviso: é uma cilada. Temos que aderir a uma nova politica, diferente da do “ter”, a do “ser”.

Quando vemos um vestido numa vitrine ou vestindo uma linda modelo na capa de uma revista, geramos em nós a necessidade do consumo, “eles” geraram em nós o desejo de consumo. Por alguns instantes pensamos que ter aquele vestido pode melhorar o nosso dia. Ledo engano. Os problemas ficam, o dinheiro vai embora, o mercado da moda agradece e a natureza mais uma vez chora.

Espera aí! O que a natureza tem a ver com isso?

Simples, chegamos ao ponto da necessidade da nossa década: A necessidade de consciência!

Há alguns anos os termos “ecológico” e “eco-sustentável” não estavam em pauta. Ainda não tínhamos percebido que os recursos da natureza são, na sua maioria, não renováveis e nos preocupávamos apenas em retratar a nossa realidade nas nossas roupas. Sim a moda é documento histórico, mas é também um atual problema de sustentabilidade ambiental.

“O problema da poluição ambiental tem caráter mundial e vem exigindo ações preventivas e corretivas para situá-lo em níveis aceitáveis, compatíveis com a preservação da qualidade de vida. Dentre as atividades industriais poluentes temos a têxtil, geradora de alta carga residual conhecida como lodo, e frequentemente emissora de efluente tratado que não atende ao parâmetro de controle ambiental cor, para o qual é exigido virtual ausência. Vários processos e produtos podem ser empregados para a remoção de cor, tais como adsorção, coagulação, técnicas biológicas e oxidação química, destacando-se a utilização de alúmen ou sais ferrosos com polieletrólitos, os quais têm o inconveniente de gerar lodos inorgânicos.” (Magali O. Bonatti, Ricardo A. Rebelo e Ivonete Barcellos)

Resumindo a indústria têxtil polui, a indústria têxtil usa recursos não renováveis e o pior de tudo: produz demais. Não vamos nem entrar nos detalhes e falar do trabalho escravo nas indústrias têxteis na China ou para onde vão todas estas roupas quando saem da moda... Mesmo com toda a tecnologia atual a moda não é mais uma necessidade de retratar a nossa época. Ela é exclusiva, para poucos que têm poder aquisitivo de renovar o closet a cada estação e depois dar um fim para o que é “velho”.

Por isso, sem mais delongas, a minha proposta para a moda atual não é re-criar, re-ciclar e comprar mais do mesmo toda estação. A minha proposta é re-usar. “Certamente é possível re-situar este momento em um destes ciclos periódicos da história moderna”.

Se a moda é cíclica e o antigo é moderno, porque não usarmos as roupas que já compramos na outra estação? Roupas que eram das nossas mães, roupas que podem ser re-usadas, compradas em ótimo estado em brechós? Porque não Re-usar? Afinal, nada esta mais na moda que ser sustentável, não é mesmo? E nada como um toque pessoal no look, com pequenas mudanças e acessórios podemos transformar o velho em novo, o antigo em retrô, o usado em vintage!

Vamos nessa? Vamos transformar a moda da nossa década na moda do re-usar, re-aproveitar?

Não estou dizendo que devemos parar de consumir moda ou quebrar o mercado de luxo. Estou falando em consumir com consciência. Pesquisar se a roupa que você esta comprando foi feita da maneira mais ecologicamente correta possível, sem deixar-se enganar por selos verdes. O capitalismo verde esta aí para nos fazer consumir e pensar que estamos consumindo bem. Então pesquise, compre com consciência e SEMPRE que puder, re-use!

Nas fotos abaixo, Samantha veste roupas reformadas que pertenceram à sua mãe, avó, irmã e tia avó. Vejam como compõem looks atuais...


segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Curso exclusivo no maior a mais premiado atelier de figurinos do globo terrestre!

Atenção para a novidade da vez: o Instituto Zuzu Angel está lançando um super curso de figurino na Itália, em parceria com o Tirelli Costumi, o maior e mais premiados atelier de figurinos do mundo!!! Quem pode fazer? Qualquer pessoa apaixonada por moda e figurino! 

Confira mais detalhes no folder abaixo.

Para informações sobre valores e como se inscrever para o curso, envie um e-mail para zuzuangel@zuzuangel.com.br  



Homenagem a Zuzu na Casa Cor do Espírito Santo, a partir de hoje!

Via Blog da Hilde Angel

Abre hoje em Vitória a Casa Cor Espírito Santo 2012. O coquetel terá como anfitriã a senhora Rita Tristão, figura top do high capixaba. Entre os grandes destaques do evento está o lounge do arquiteto Augusto Pacheco Saletto, que vai homenagear a estilista Zuzu Angel com exposição de um de seus modelos. Para reforçar a homenagem, o arquiteto convidou quatro artistas plásticos de destaque de Vitória, Ana Paula Castro, Atilio Colnago, Monica Zorzanelli e Angélica Murad, que vão expor telas alusivas à moda brasileira. O modelo apresentado é o mesmo que foi visto nas telas dos cinemas brasileiros no filme Zuzu Angel, estrelado por Patrícia Pillar, dirigido por Sergio Rezende, e que mesmo com a temática dramática, de tamanha intensidade e densa, emplacou quase um milhão de espectadores...

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Confira a programação completa do Ciclo EcoModus, do Paraty Eco Fashion!

Acaba de sair a programação completa de debates e apresentações do Paraty Eco Fashion 2012!

Confira os temas, as datas, os horários e não deixe de se programar. E sabe do que mais? É de graça!!!

Venha debater e pensar conosco o papel da Moda no século XXI, na bela e inspiradora Paraty!


Na foto, vemos a bela igrejinha de Nossa Senhora das Dores, no Centro Histórico de Paraty


14 de setembro | sexta-feira 

Painel Vivências – 18h00-20h00 
Abertura: Instituto Colibri
Comunidades Participantes: Quilombo do Campinho da Independência, Aldeia Indígena de Paraty Mirim, Praia do Sono, Ilha do Araújo, Pouso da Cajaíba e Trindade.
Convidados: Cecy Kremer, Celina de Farias, Fernanda Macedo, Lucia Abdenur, Lucia Acar, Luz Marina Gutiérrez, Marta Viana, Mônica Ferreira, Patrícia Mendes, Sandra Thaumaturgo e Renato Imbroisi.

15 de setembro | sábado 

Painel Mostra de Projetos de Moda e Design Sustentáveis – 9h00-13h00 
Abertura: Roberto Meireles - Instituto Rio Moda
Convidados: 
1. Universidade Federal de Goiás - Representante: Ana Carolina da Mata - Projeto: Fiando Sonhos, Tecendo Realizações! 
2. SENAI Cetiqt - Representante: André Peixoto - Projeto: Resíduos Sólidos Têxteis 
3. Fundação Mineira de Educação e Cultura - Representante: Angélica Brasil - Projeto: Color(rindo) 4. SENAC Rio - Representante: Carolina Umbelino - Projeto: Formas de Paraty na Moda 
5. Universidade Veiga de Almeida - Representante: Eulália Vargas - Projeto: Vestidos De Noivas Sustentáveis 
6. Centro Universitário de Belo Horizonte - Representante: Gislaine Matos - Projeto: A margem 
7. Universidade de Belo Horizonte - Representante: Isabella Vianna -Projeto: Reutiliart 
8. SENAC Rio - Turma Campo Grande - Representante: Vivian Serranoo - Projeto: Desenvolvimento Roupas Recicláveis


MESA 1 - Moda e Figurino no espaço BIO - 15h00-16h30 
Abertura: Celina Farias - Instituto Zuzu Angel
Convidados: João Braga e Eliane Damasceno
Mediadora: Lúcia Acar

Celina de Farias - Jornalista, pesquisadora em Moda e Design. Pós-graduada em docência do ensino superior, Vice-presidente do Instituto Zuzu Angel. João Braga – professor da FAAP e da Faculdade Sta Marcelina, Mestre em História da Ciência, pesquisador e escritor. Eliane Damasceno – Designer, Pós Graduada em Política Sociedade Civil e Gestão de ONGs e Mestre em Design - Goldsmiths College - Universidade de Londres. Lúcia Acar – Designer, Doutoranda em Sociologia no IUPERJ, conselheira do Instituto Zuzu Angel.

MESA 2 – Reciclando Ideias - 17h00-18h30 
Abertura: Lucia Acar - Instituto Zuzu Angel
Convidados: Nina Braga e Lilyan Berlim
Mediador: Roberto Meireles – Instituto Rio Moda

Nina Braga - Socióloga, Mestre em Ciências e Diretora do Instituto E. Lilyan Berlim - Designer têxtil, Mestre em Ciências Ambientais. Roberto Meireles - Mestre em Educação e Diretor do Instituto Rio Moda.

MESA 3 - Designers – Novos Laços - 20h00-21h00 
Abertura: Lucia Abdenur - Instituto Zuzu Angel
Convidados: Renato Imbroisi e Mana Bernardes
Mediadora: Heloisa Marra

Lucia Abdenur - Joalheira, com especialização em Portugal, pós graduada em design de joias PUC RJ, conselheira do Instituto Zuzu Angel. Renato Imbroisi - Tecelão e designer de artesanato. Trabalha em parceria com artesãos têxteis, dirigindo oficinas de criação desenvolvendo novos produtos. Mana Bernardes - Designer de joias, poetisa e artista plástica. Heloisa Marra - Jornalista e escritora especializada em moda, estilo, design e cultura.

16 de setembro | domingo 

MESA 4 - Desenhando o futuro - 10h00-12h00 
Abertura: Cecy Kremer - Instituto Zuzu Angel
Convidados: Luiza Marcier e Lena Santana
Mediadora: Ruth Joffily

Cecy Kremer – Professora, pesquisadora e designer têxtil, Pós-Graduada em Conservação e Restauração de Têxteis - IPHAN Pró - Memória, conselheira do Instituto Zuzu Angel. Luiza Marcier - Designer, figurinista, estilista de À Colecionadora e Diretora da Casa da Marquesa de Santos e do Projeto Museu da Moda - SEC RJ Lena Santana- designer, especialista em moulage, radicada em Londres; participou da Cockpit Arts, conduziu cursos de moulage na University College for the Creative Arts em Londres entre outras instituições. Ruth Joffily - Jornalista, professora e escritora, Mestre em Comunicação e Cultura – UFRJ.

Considerações Finais – 13h00 
Apresentações de Cirandas de Paraty

LOCAL: Casa da Cultura de Paraty - Rua Dona Geralda, 177 - Centro Histórico – Paraty

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Conheça Makiko e Hiroyuki, os estilistas-revelação da moda japonesa!

Via Blog da Hilde Angel

Desde a última semana, os estilistas Makiko Sekiguchi e Hiroyuki Horihata, da marca Matohu, estão no Brasil, a convite da Fundação Japão e da Embaixada do Japão, vistos em diversos eventos, divulgando seu trabalho.  Em Brasília, participaram da Semana de Moda, desfilando sua última coleção. No Rio, além de comparecerem a um jantar de boas-vindas, promovido pelo consulado japonês no Porcão Rio’s, conversaram com estudantes da faculdade de moda Senai-Cetiqt. E ontem, em São Paulo, participaram de outro bate-papo, desta vez, com estudantes da IED...

Se você ainda não conhece este jovem casal de estilistas, irá conhecê-los agora! Figurinhas carimbadas na Semana de Moda de Tóquio, Makiko e Hiroyuki vêm se destacando como "a nova cara" da moda japonesa. Em tempos de globalização, em que a moda tende a se uniformizar, Matohu se notabiliza justamente por seguir o caminho inverso, buscando nas raízes e tradições japonesas a maior inspiração para seu trabalho. Mas não apenas isso! O grande diferencial da dupla é  fazer de tais inspirações algo contemporâneo, atual. Os quimonos e o artesanato japonês ganham nova fisionomia, seja na silhueta, nos tecidos ou na estamparia...

Hiroyuki Horihata e Makiko Sekiguchi, o jovem casal por trás da Matohu - Foto de Sebastião Marinho

A moda japonesa é relativamente nova.  A partir da segunda metade do século XX, a cultura ocidental invadiu o país com força total, quebrando a hegemonia dos quimonos tradicionais. Pode-se dizer que, atualmente, a moda europeia é que dita as tendências na moda japonesa. De fato, há muitos estilistas japoneses mundialmente conhecidos, como o pioneiro Kenzo, Yamamoto e Rei Kawakubo. Mas os três optaram por estilos modernistas, não necessariamente voltado para as tradições de seu país. Com isso, faltava ao mercado alguém que se pudesse dizer originalmente japonês, isto é, que bebesse na fonte da essência do estilo clássico japonês, que fora relegado neste recente-passado-fashion, adaptando-o para os dias de hoje. E aí surgiu a Matohu!...

Engraçado como as histórias se repetem. Aqui no Brasil, nossa moda ainda está engatinhando no que diz respeito a uma moda genuinamente brasileira. Como já citei muitas vezes, a primeira a levantar essa bola foi Zuzu Angel, ainda no final da década de 60, primórdios da década de 70, quando percebeu que nossa moda só poderia se destacar no exterior -  o que era seu propósito - se valorizasse nossa cultura, em uma época que os modelos produzidos por aqui eram em sua grande e maior parte copiados de Paris, praticando-se uma moda colonizada, preocupada com os ditames europeus...

Coleção inverno 2013, desfilada pela Matohu na Semana de Moda de Tóquio

Para compreender melhor a essência do trabalho do casal, é necessário entender o significado do nome Matohu... Matohu, em japonês, pode ter dois significados: envolver-se em uma vestimenta de maneira suave, leve e bela, bem como “esperar”, deixar amadurecer.  O que deixa claro que o objetivo da marca não é criar roupas descartáveis, que durem apenas uma estação, mas criar algo que seja belo e atemporal...

Makiko e Hiroyuki são graduados pelo prestigiado Bunka Fashion College, a melhor faculdade de moda do Japão. Antes de fundar a Matohu, em 2005, ambos tiveram boas experiências no mundo da moda. Makiko foi assistente do estilista Yohji Yamamoto e Hiroyuki trabalhou com Rei Kawakubo, da Comme des Garçons. O casal também morou em Londres, onde trabalhou com o turco Bora Aksu...

Motohu - Verão 2012

Confiram, abaixo, o bate-papo que a repórter de moda deste blog, Marina Giustino, teve com Makiko Sekiguchi e Hiroyuki Horihata, da Matohu:

Blog da Hilde: Antes de lançarem a própria marca, ambos trabalharam com grandes estilistas japoneses (Yoji Yamamoto e Rei Kawakubo). De que maneira essa experiência contribuiu para o trabalho de vocês?

Matohu: Os ambientes em que trabalhávamos eram extremamente criativos e, ao mesmo tempo, a rotina era extremamente rigorosa. No meu caso  (Hiroyuki) como eu trabalhava com a linha de ponta em Paris, foi possível observar o funcionamento de um trabalho a nível internacional. Tudo isso me serviu como grande aprendizado.


Blog da Hilde: Matohu, em japonês, além de “vestir-se de maneira bela e suave”, significa “esperar”, deixar amadurecer, o que já deixa implícito o conceito da marca. No cenário atual das grandes lojas fast fashion, o consumo desenfreado e o descarte imediato de peças tornou-se algo extremamente comum. O que diriam sobre isso?

Matohu: Geralmente, o que essas grandes lojas fast fashion fazem é pegar aquilo que está em moda e fabricar em larga escala. Num certo sentido, estamos fazendo o oposto delas. Nós demoramos bastante tempo para conceber o conceito de nossas coleções e, só aí, passamos para o desenho e depois para a produção. Queremos criar uma roupa que dure e que seja amada por mais de uma estação.


Blog da Hilde: Zuzu Angel, a primeira estilista brasileira a se inspirar nas raízes de nossa cultura, ainda nos anos 60/70, dizia que, "para a moda brasileira ser internacional, deveria ser legítima". Isto também pode ser levado como exemplo por estilistas de outras culturas, é claro. Infelizmente, devido à globalização, percebemos que a moda vem perdendo cada vez mais identidade própria. Parece que todos querem falar a mesma linguagem, todos querem ser iguais uns aos outros. Visto isso, qual seria o maior desafio para um novo estilista que deseja fazer sucesso? O que vocês diriam a ele?

Matohu: A maneira como Zuzu pensava é muito parecida com a nossa. Nesta época em que vivemos, tudo tende a ser globalizado, então, acaba se valorizando justamente o que é local. Por outro lado, é muito importante que um estilista possa ter um trabalho que conquiste o mundo todo, não apenas o seu local de origem. Não basta copiar a tradição. Neste sentido, para criarmos nossa moda, por exemplo, jamais utilizamos os mesmos tecidos e estampas dos quimonos. Procuramos fazer diferente, com uma pegada mais contemporânea.


Blog da Hilde: O que a mulher que compra sua roupa quer dizer? O que ela deseja?

Matohu: Ela não está interessada apenas naquilo que está na moda. Está, sobretudo, à procura de uma peça que a toque o coração.

Blog da Hilde: É a primeira vez de vocês no Brasil, certo? Desde que chegaram, participaram de alguns eventos, incluindo a Semana de Moda de Brasília. O que mais tem chamado suas atenções na moda brasileira?

Matohu: A cor. A maneira como o brasileiro sabe combinar as cores, nos encanta! Percebemos, também, que a modelagem das roupas faz a aparência das pessoas mais sexy. No Japão, as roupas são para esconder. No Brasil, para revelar os belos corpos.

Foto de Sebastião Marinho

Movimento HotSpot: inscrições prorrogadas!

O Movimento HotSpot (MHS) é um concurso que premia a inovação e a criatividade nas áreas de arquitetura, beleza, cenografia, design, design gráfico, filme e vídeo, fotografia, ilustração, moda e música. As inscrições para os interessados foram prorrogadas para o dia 31 de agosto. Para participar é necessária a criação de uma página de perfil no www.movimentohotspot.com, em seguida o candidato seleciona a categoria na qual deseja concorrer e posta informações e imagens que representem o seu trabalho.


Fonte: PORTAL DESIGNBRASIL

Moda em debate na UERJ




quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Mar de criatividade

Recentemente, a equipe de consultoras do Instituto Zuzu Angel, Cecy Kremer, Lucia Acar e Lucia Abdenur, realizou uma visita à Praia do Sono, como parte das atividades do evento Paraty Eco Fashion. A ideia era fazer uma espécie de oficina com as bordadeiras locais, incentivando e orientando a melhor maneira de se realizar um trabalho autoral, fincado em suas raízes, que possa ser comercializado e, consequentemente, gerar renda para elas. O resultado deste trabalho poderá ser visto na Exposição Raízes de Paraty durante o Paraty Eco Fashion 2012, que acontece nos dias 14, 15 e 16 de setembro...

O Instituto Zuzu Angel de Moda é um importante parceiro do Paraty Eco Fashion auxiliando, também, na Coordenação do Ciclo de Palestras Ecomodus...

Para saber mais sobre o evento, que está em sua segunda edição, clique aqui...

Confiram abaixo, algumas fotos de nossa vivência com as bordadeiras da Praia do Sono!... :)




Inscrições abertas para os workshops do Paraty Eco Fashion 2012! VEM!!!!

Entre os dias 14 e 16 de Setembro de 2012, acontecerá o Paraty Eco Fashion, em Paraty – RJ. O evento que explora vertentes da Moda e do Design com foco na sustentabilidade, contará com palestras, exposições e diversos workshops ministrados por profissionais da área, que enriquecerão a temática principal, promovendo acesso e informação às diversas técnicas e formas de trabalho...

O Instituto Zuzu Angel é  importante parceiro do Paraty Eco Fashion auxiliando na Coordenação do Ciclo de Palestras Ecomodus e com uma especial Vivência/Oficina com as Bordadeiras da Praia do Sono, cujo resultado final poderá ser contemplado na Exposição Raízes de Paraty, durante o evento...


Confiram os workshops que serão ministrados no Paraty Eco Fashion e não deixe de se inscrever, pois as vagas são limitadas!...

“Tecendo Histórias”, ministrado por Andréia do Almo, que abordará a tecelagem manual através de contos da tradição oral, integrando assim a arte milenar do tecer à contemporaneidade do design têxtil. 

“Customização de camisetas com aplicação de metais reciclados”, ministrado por Consuello Matroni, que abordará a reutilização de materiais em peças do vestuário, para promover o incentivo da criatividade, ampliando a visão de conceitos e preservação do meio ambiente.

“Criação e Tingimento”, ministrado por Evandro Halabey, que abordará as técnicas de tingimento de tecidos e estamparia através do silk, como forma de reaproveitamento de roupas e têxteis.

“Pintando e Recriando”, ministrado por Flávia Cintra, que visa promover o despertar das crianças sobre a consciência de reutilizar o que parece inútil, estimulando que cresçam com uma postura sustentável, e que esta as acompanhe por toda a vida.

“Moulage”, ministrado por Lena Santana, que abordará a técnica da Moulage para a construção de peças, utilizando as proporções e dimensões do corpo, para que sejam produzidas peças de vestuário sem a utilização de moldes em papel.

“Sustentabilidade e Moda – Aspectos Gerais”, ministrado por Lilyam Berlim, que abordará a sustentabilidade na Moda e todas suas nuances e aplicações.

“Cores e Sabores da Moda”, ministrado por Lucília Tristão Ramos, baseado na tendência Moda-Sustentabilidade, utilizando elementos da culinária nacional, famosos por sua forte pigmentação, para uma oficina de beneficiamento têxtil.

“Roda de Mulheres Bordadeiras”, ministrado por Rute Casoy, que será trabalhado em cima de textos “adormecidos” e desenhos, aplicando-os à técnica do bordado.

“A Trama do Olhar”, ministrado por Ruth Joffily, com o intuito de buscar uma reflexão sobre a construção da imagem feminina através do tempo. Com materiais utilizados em reciclagem e diversas ilustrações, a idéia é criar cartões-postais que tragam imagens reais da feminilidade.

Para maiores informações sobre datas, horários e inscrições para os workshops, acesse: http://paratyecofashion.com.br/2012/formulario-de-inscricao/ 

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Um novo amigo para o Museu da Moda

Vejam só que maravilha a doação que acabamos de receber da super dama da Alta Sociedade Brasileira, Carmen Mayrink Veiga: um lindo vestido Givenchy Haute-Couture!



Acompanhem o depoimento de Carmen, que é pra lá de gostoso:

"Mandei esse vestido para Guilherme Guimarães copiar para mim, mas ele disse que a roupa é praticamente incopiável, pois não tem uma coisa nele que não seja enviesada - frente, costas, mangas, faixa.Tudo! As costas são a coisa mais bonita que Givenchy já fez. O vestido data de 1994/1995, tem em torno de 18 anos. Eu usei ele em Londres, Paris, Nova York, Gstaad, onde tinha muito baile, havia pelo menos quatro black tie por noite. Nunca fiz prova de um único vestido. Eu não provo. Pergunta para Guilherme Guimarães que eu nunca fiz prova, e ao Lino Villaventura, nunca deram uma prova. Eu telefono e digo o que eu quero, mais ou menos, que dê para usar. Lino fazia o croqui, mandava, não tinha que pôr um alfinete. Os vestidos estão aí inteiros. Eu não provo. Acho que roupa é trapo. Comigo é assim: fez a toile, tanto no Lino quanto no Guilherme, e ela serve para sempre. Para fazê-la, já fui inteira espetada. Pra quê mais?".

Junto com o vestido, veio uma cartinha num envelope e num papel que são pra lá de fofos! Carmen é apaixonada por gatos. Tudo dela leva a marca de gatinho. A gente tinha que colocar aqui para vocês verem, ó:



WE LOVE YOU, CARMEN!!!!! :)

Um time que vale ouro!

Via Blog da Hilde Angel

Se você assistiu à cerimônia de encerramento das Olimpíadas de Londres, na noite de ontem, certamente deve ter se arrepiado em diversos momentos. Difícil escolher qual deles foi o mais marcante: John Lennon cantando Imagine em um telão, acompanhado por um coral de crianças; Freddie Mercury, também em telões, empolgando a plateia; a volta avassaladora das Spice Girls; a energia do The Who; o samba do gari Renato Sorriso... Na dúvida, ficamos com todos eles! Sem esquecer, é claro, da magnífica presença delas: as beldades das passarelas! Kate Moss, Naomi CampbellStella Tennant, Lily Donaldson, Lily Cole,  Georgia May Jagger, Karen Elson e Jourdan Dunn, acompanhadas pelo belo David Gandy, todas vestindo dourado, ou melhor, OURO!...

   

 As roupas, em sua maioria, eram assinadas por estilistas e marcas britânicas, como Alexander McQueen, Christopher Kane, Burberry, Vivienne Westwood, Erdem, Victoria Beckham, Jonathan Saunders e Paul Smith... Foi uma entrada triunfal, daquelas de tirar o fôlego! Caminhões traziam enormes fotos das musas e do muso vestidos para um ensaio da Vogue UK, que para a surpresa de todos, foram arrancadas! E de dentro de suas respectivas fotos, os próprios tops models saíram desfilando passarela adentro, ao som de Fashion, de David Bowie... Em se tratando de Cultura Pop, se a música foi lembrada em boa parte da cerimônia, não poderia ter sido diferente com a Moda, afinal, o Reino Unido possui nomes mundialmente conhecidos na área. No entanto, alguns, e importantes, acabaram sendo esquecidos, como a estilista Stella McCartney. Já no time de top models inglesas, faltou relembrar a mais icônica de todas: Twiggy, claro! Ou, ainda, Jean Shrimpton e Penelope Tree...

Fique com os belíssimos looks desfilados na noite de ontem!...

Quem nasceu para ser rainha, nunca perderá a majestade. E lá estava ela, Kate Moss, poderosa e fazendo carão, com um lindo longo de paetês Alexander McQueen...
Naomi Campbell fez o Estádio Olímpico de Londres babar não só por sua beleza e por seu jeito único de pisar na passarela, mas, também, pelo lindo vestido Alexander McQueen todo bordado de pedras, com direito a cauda e véu, feito noiva, só que de ouro. As plataformas exuberantes, claro, só podiam ser de Alexander McQueen!...

O conjuntinho de calça e blazer (com mega decote) by Christopher Kane não poderia vestir outra que não fosse a top Stella Tennant, conhecida por seu estilo andrógino e ultra chic!...

A bela Lily Donaldson abalou as estruturas com um Vivienne Westwood Gold Label, inspirado na corte do Rei Charles II, do século XVII. O vestido era todo bordado de paetês, que formavam padronagens abstratas em estilo barroco...

Lily Cole desfilou um cocktail dress da Erdem, com detalhes de renda e bordados também inspirados na realeza britânica. Os sapatos eram da designer mezzo inglesa/mezzo brasileira Charlotte Olympia!...

A top Georgia May Jagger, filha de ninguém menos que Mick Jagger, usou vestidinho de nesgas, rodado, com cintura marcada, by Victoria Beckham. Os sapatos de tiras metálicas foram assinados por Giuseppe Zanotti...

A ruiva Karen Elson foi de longo de seda coberto de renda e com fenda pra lá de sexy, by Burberry, combinando-o com sandálias by Jimmy Choo e um lindo par de cuffs...

Jourdan Dunn roubou a cena com um belíssimo cocar de folhas em ouro assinado por Stephen Jones. O acessório casou perfeitamente com o vestido de aparência mais clean, de jersey com detalhe dourado de couro, by Jonathan Saunders. Os escarpins eram de Christian Louboutin...

E quem disse que ser top model é só coisa de mulher? David Gandy, o único representante masculino do grupo, arrancou suspiros ao pisar na passarela com terno de lamé assinado por Paul Smith!...

Abaixo, um ensaio exclusivo, fotografado por Nick Knight para a Vogue UK do mês de setembro, mostra os top com os looks desfilados na festa de encerramento dos jogos olímpicos...

Fotos via Getty Images, AFP e Vogue UK

OBS: Perdeu o desfile de moda na cerimônia de encerramento das Olimpíadas? Clique aqui para assistir!...

Agora, OURO MESMO foi o comentário do jornalista do The Guardian, na #closingceremony, que foi o frisson do Twitter: @PaulLewis: Five minutes of Brazilian music is putting our five decades to shame. Much cooler. Tradução: "@PaulLewis Cinco minutos de música brasileira estão fazendo nossas cinco décadas corarem de vergonha, muito mais "cool" E em seguida, dada a repercussão, ele tuitou mais outro: @PaulLewis My tweet saying Brazilian music selection better than ours now being furiously retweeted over there-tags like "Opinião gringa" Tradução: "@PaulLewis Meu tweet dizendo que a seleção de música brasileira é melhor do que a nossa está sendo furiosamente retuitado com três tags do tipo "Opinião gringa"

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Sobre-Roupas

Luiza Marcier convida para a abertura da exposição Sobre-Roupas, da artista Karol Pichler, hoje, 9/8, na loja À Colecionadora:


sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Depois de ser banda de pop rock na Austrália, Zuzu Angel agora está na Documenta de Kassel!

Via Blog da Hilde Angel

A Documenta é uma das maiores e mais importantes expo de arte contemporânea do mundo! Ela acontece a cada cinco anos na cidade de Kassel, na Alemanha, e reúne tanto veteranos quanto novos talentos das artes. Nesta última edição, são mais de 180 artistas expondo suas obras e instalações, espalhadas por diversos cantos da cidade, durante 100 dias. Gente de todas as partes do mundo viaja a Kassel especialmente para a Documenta -  afinal, é um evento único! A artista plástica carioca Isabela Francisco, por exemplo, é figurinha certa na expo! A cada edição, ela carimba o passaporte, em busca de novidades e inspirações...

E fiquei surpreendida e imensamente feliz quando Isabela me contou e depois me enviou um email com as fotos comprovando que minha mãe, Zuzu Angel, foi homenageada nesta Documenta em uma instalação da artista croata Sanja Iveković. Veja só que curioso, Zuzu é conhecida na Croácia! Eu nunca poderia imaginar!...

Isabela fotografou tudo e esta Hildezinha mostra e conta para vocês...

Intitulada “The Desobedient (The Rovolutionaries)” -  tradução: O Desobediente (Os Revolucionários) - a obra de Sanja parte de uma foto tirada no período Nazista, na cidade de Kassel, em que é possível se ver um soldado da SS, o exército de Hitler, com um burro cercado por arame farpado, rodeado pela população. Um quadro diz “Campo de Concentração para Cidadãos Teimosos” e na legenda: “Uma demonstração da necessidade de se evitar comprar em comércio judaico”. Em outras palavras: “Isso é o que acontece com pessoas que desrespeitam as regras”. Exemplo que confirma uma imagem (ainda viva) disseminada na sociedade de que os burros são animais estúpidos e teimosos ou, propriamente, “burros”. Em suma, criaturas que não merecem ser tratadas com respeito. No entanto, estes burros de carga têm trabalhado para os homens há milênios...

Ao contrário de seu “nobre” parente – o cavalo, o burro sempre foi um aliado da população mais pobre. A artista diz que, entre os animais domésticos, o burro é um verdadeiro proletário. Hoje, os burros são como “resíduos tecnológicos”, e estão, aos poucos, desaparecendo em algumas partes do mundo. Por outro lado, em países do “primeiro mundo”, os burros vêm se tornando populares, sendo tratados até mesmo como animaizinhos de estimação...

 
Foto que serviu de inspiração para a instalação da artista croata Sanja Iveković

A partir daí, a artista teve a idéia de colocar burrinhos de pelúcia em prateleiras envidraçadas. Cada um deles leva o nome de algum “teimoso” que lutou por seus ideais, lutou contra as injustiças, causando a fúria de poderosos. Muitos desses “teimosos” sofreram por isso, alguns pagando com a própria vida. Porém, deixaram para sempre sua marca na história e sua mensagem de esperança e crença em um mundo mais justo. Entre os “teimosos”, nomes como Martin Luther King, Che Guevara e... ZUZU ANGEL!... 

Vejam...

Zuzu Angel, a Zuleika Angel Jones, minha mãe, uma das homenageadas na instalação da artista croata Sanja Iveković, na Documenta de Kassel!

A prateleira dos burrinhos teimosos e corajosos!

Uma visitante lê uma pequena biografia de Zuzu Angel, rodeada de outros nomes corajosos, escolhidos para integrar a instalação de Sanja Iveković

Com os meus sinceros agradecimentos à querida Isabela Francisco pelo envio deste material, que vem enriquecer ainda mais o acervo de nosso Instituto Zuzu Angel, que guarda a memória de Zuzu e todo o conjunto de homenagens que lhe são prestadas no Brasil e no mundo. De banda de pop rock na Austrália a instalação na Documenta de Kassel, Zuzu Angel está em todas!...

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

IMPERDÍVEL: Os maiores criadores de moda do Brasil reunidos em mega exposição na FAAP! E Zuzu Angel também está lá!

Se você mora em São Paulo ou estiver de passagem pela cidade, não pode deixar de fazer esse incrível passeio pela história da moda brasileira! O Museu de Arte Brasileira da FAAP irá inaugurar no dia 12 de agosto a MEGA exposição “Moda no Brasil: criadores contemporâneos e memórias”, que traz um apanhado do que foi produzido e do que há de melhor na moda brasileira, através de modelos dos mais significativos estilistas nacionais, fotografias, publicações, vídeos, tecidos, máquinas de costura e jóias...

A expo está dividida em 10 núcleos. Entre eles, o de “Criadores Contemporâneos”, que traz 20 looks de nomes da moda atual, sucesso tanto no Brasil quanto lá fora, como Alexandre Herchcovitch, Ronaldo Fraga, Carlos Miele, Isabela Capeto, Lenny Niemeyer, Lino Villaventura e Reinaldo Lourenço...

Alguns dos looks que estarão expostos no núcleo "Criadores Contemporâneos"

Destaque, também, para o núcleo “Costureiros”, dedicado aos primeiros criadores de nossa moda, como Zuzu Angel, Guilherme Guimarães, Dener, Clodovil Hernandes, José Gayegos, José Nunes, Markito, Ronaldo Ésper e Rui Spohr...

O conjunto de vestido e casaquinho com estampa de andorinhas, de Zuzu Angel, é um dos looks expostos no núcleo "Costureiros"

Em “Publicações”, o público poderá ver encartes, revistas e folhetos com ilustrações de moda dos séculos XIX e XX. O Cruzeiro, A Cigarra e Manequim são algumas delas...

No “Indústria e Comércio”, serão expostos tecidos, propagandas, além de um vestido da casa Madame Rosita e um macacão da Casa Vogue, das décadas de 70 e 60, respectivamente...

Outro núcleo interessante é o “Modistas”, que presta homenagem aos profissionais anônimos, “off-passarelas”, através de seus materiais de trabalho, como máquinas de costura, manequins, caixas com material de costura, etc...

A expo também exalta o trabalho dos novos talentos da moda brasileira no núcleo “Novíssimos”, composto por criações de sete promissores estudantes e recém-formados da área...

Tudo isso e muito, muuuuito mais, poderá ser conferido entre os dias 12 de agosto e 30 de setembro no MAB – FAAP!...

Mais alguns looks da expo, entre eles, Ronaldo Fraga, Casa Rhodia e Martha Medeiros


Exposição ‘Moda no Brasil: criadores contemporâneos e memórias’ 
Período: De 12 de agosto a 30 de setembro de 2012
Horário: De terça a sexta, das 10h00 às 20h00
Aos sábados, domingos e feriados, das 13h00 às 17h00
(Fechado às segundas-feiras, inclusive quando feriado)
Local: MAB-FAAP – Sala Annie Penteado
Endereço: Rua Alagoas, 903 – Higienópolis – São Paulo - SP
Informações: (11) 3662-7198
Visitas Educativas: (11) 3662-7200


OBS: A entrada da expo é gratuita! :)

Do mestre Yves para vocês...

Via Blog da Hilde Angel

Vivo estivesse, Yves Saint Laurent faria ontem, 76 anos. O estilista morreu há 4 anos, mas sua memória e seu legado continuam mais vivos do que nunca! Só este ano, estão sendo rodados dois longa-metragens sobre sua vida. Além disso, a marca "Yves Saint Laurent", que agora tem como diretor criativo Hedi Slimane (sucessor de Stefano Pilati), irá mudar de nome. Como já havia sido anunciado no final de junho, a linha prêt-à-porter passará a se chamar apenas "Saint Laurent Paris". A mudança não só anuncia a chegada do novo estilista como, também, retoma às origens da marca, fazendo alusão ao primeiro nome de sua linha prêt-à-porter, "Saint Laurent Rive Gauche", escolhido pelo próprio Yves na década de 60. Quem aprovou e se diz contente com o nome é Pierre Bergé, parceiro de toda a vida de Yves e diretor da Fundação Pierre Bergé-Yves Saint Laurent...

Para homenagear o mestre, escolhemos algumas de suas frases emblemáticas. Ensinamentos que nunca vão sair de moda...