Pra quem desconhece, Maria Alice foi casada com Guilherme da Silveira Filho, dono, ao lado do irmão Joaquim, da Bangu Tecidos ...
A Senhora da Silveira, que no próximo dia 6 completa 100 anos de idade (!!!), foi por muitos anos uma das mulheres mais chics e poderosas da alta sociedade carioca...
Maria vem de família pernambucana aristocrática. Seu pai, Estácio Coimbra, tradicional fazendeiro, foi governador do estado por duas vezes. A menina passou a infância em Engenho Morim, propriedade da família, no interior de Pernambuco. Quando jovem, mudou-se para o Rio. Casou-se duas vezes. Do primeiro casamento, nasceram Mônica Coimbra e Angela Catão. Da segunda união, com Guilherme da Silveira, nasceram Isabela e Alicinha da Silveira...
Alicinha da Silveira e sua mãe, Maria Alice da Silveira, em foto recente, clicada por Marco Rodrigues
Dona Maria é apaixonada por moda. Viajou muito, principalmente à Paris, onde vestiu-se nas melhores maisons do mundo. Seu marido, Guilherme, ficava orgulhoso da esposa, pois quando Maria chegava nos ateliês, podia experimentar todos os modelos que cabiam nas manequins, por ter o corpo magro e cinturinha de vespa, padrão de beleza da mulher dos anos 50...
Ela também adorava frequentar os desfiles da Bangu Tecidos, promovidos por dona Candinha, casada com o irmão de Guilherme, Joaquim da Silveira. Na época, por volta dos anos 50, a fábrica contratou os serviços de Jacques Fath e Hubert de Givenchy. A Bangu tinha interesse em difundir o algodão brasileiro, transformando-o, a partir do olhar da moda francesa, em um tecido sofisticado. As roupas black-tie de algodão puro eram uma super inovação para a época! Lembram quando falamos do grande José Ronaldo (leia aqui)? Ele também foi um grande nome à frente das criações da Bangu. José desenhava os mais belos vestidos para o Miss Elegante Bangu, outra iniciativa da fábrica, o concurso de beleza mais importante da década de 50...
Confiram em primeira mão a coleção de chapéus vintage de dona Maria Alice da Silveira, doada gentilmente por sua filha, Alicinha, ao Instituto Zuzu Angel de Moda. Quem sabe, em breve, eles poderão ser contemplados ao vivo no Museu da Moda Brasileira!...
Créditos: Acervo Instituto Zuzu Angel
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