Guia prático e ilustrado para bem se enluvar...
As luvas, desde a posse de Donald Trump na última sexta-feira, caíram na boca do povo da moda, de quem gosta de moda, de quem entende e de quem não entende dela. E delas, as luvas.
Comparações do look da nova primeira-dama Malania Trump com Jacqueline Kennedy não faltaram. Vestindo um conjunto de bolero e tubinho azul bebê assinado por Ralph Lauren, Melania preferiu seguir a linha extremamente clássica e optou por usar luvas e sapatos na mesma cor da roupa. Por trás dessa escolha, já podemos confirmar que Melania não é de surpresas, nem tão pouco ousada quanto a ex-primeira dama Michelle, que costumava usar luvas contrastando com as roupas, num look mais trendy.
Melania, apesar de muito bela, parecia ter saído de uma caricatura da década de 60. Na tentativa de se parecer – forçadamente – com Jacqueline Kennedy, a primeira-dama, ou melhor, seu stylist, acabou pecando pela falta de originalidade. O que vimos ali foi um look datado. Talvez seja isso mesmo o que este novo governo de Trump represente. As roupas também exprimem significados e devemos estar sempre atentos.
Em se tratando de luvas, usá-las da mesma cor que a roupa não é um erro. Apenas, é datado. Nas décadas de 40 e 50 era habitual. Havia espaço, também, para luvas ton-sur-ton. Mas isso não era uma regra. Muitas mulheres optavam por luvas brancas ou pretas. Em geral, as pretas, eram para looks de festa, à noite. As luvas curtas e/ou ¾ eram usadas apenas durante o dia, as longas, exclusivamente para a noite. Hoje, não há tanto rigor.
Grace Kelly e Jacqueline Kennedy eram fãs de luvas brancas e gostavam de vesti-las contrastando com o look.
As luvas caíram em desuso por volta dos anos 60. Primeiro, pararam de ser usadas nos eventos diurnos. Posteriormente nos noturnos. Contudo, continuaram a ser usadas em eventos de grande gala, sobretudo, nas cortes europeias, nas solenidades oficiais obedecendo a protocolos. Nos países tropicais, como o Brasil, elas foram sumariamente abolidas; passaram a ter seu uso apenas pelo pessoal de serviço em ocasiões de grande importância, garçons, maîtres etc., ou para proteção das mãos no frio ou condução de motos, automóveis, além de alguns esportes, como o boxe, a equitação e a esgrima, por exemplo.
Até hoje, há um protocolo rigoroso que deve ser obedecido por quem usa luvas, como não se servir de alimentos com as mãos enluvadas, além de não usar anel, pulseira ou relógio por cima delas. Na hora dos cumprimentos, é educado retirar as luvas. O que as majestades e mulheres de dignitários não fazem, como nos acostumamos a ver nas fotos da Rainha Elizabeth II e nas recepções da Casa Branca.
No Brasil, a elegante que mais pratica a arte de se enluvar é Fernanda Basto. E faz isso com grande classe. Abaixo, algumas inspirações antigas e atuais:
Nenhum comentário:
Postar um comentário